“Revivendo a Música” emocionou e cativou a plateia, que lotou o Ginásio de Esportes Oswaldo Cardoso
Na noite do último domingo (3), o Ginásio de Esportes Oswaldo Cardoso se transformou em uma máquina do tempo musical. O local foi palco do espetáculo de encerramento do “Bom de Nota, Bom de Dança”, protagonizado pelos alunos do projeto e embalado pelos grandes sucessos que marcaram épocas.
Através de coreografias de balé e danças urbanas, meninos e meninas de sete a 12 anos transportaram a plateia para uma incrível viagem, de muita nostalgia e recordações, que teve início na década de 30 e percorreu as paradas de sucesso até os anos 2000.
Em “Revivendo a Música”, cada um dos períodos foi retratado por coreografias inspiradas em artistas e estilos que dominaram o cenário musical. As crianças interpretaram canções de nomes consagrados como Benny Goodman, The Beatles, Elvis Presley, Sivuca e Clara Nunes, Michael Jackson, James Brown, Madonna, Cindy Lauper, Coldplay, Chris Brown, The Black Eye Peas, Pharrel Willians e Toquinho.
O público presente vibrou com o show dos pequenos e não desviou o olhar da peça, que foi pensada durante todo o ano e produzida com muito cuidado e carinho pelos integrantes da iniciativa. A apresentação foi encerrada com um encontro emocionante no palco entre todos os alunos e a equipe técnica. Não faltaram abraços, sorrisos e afeto.
Luana Romanello, assistente de coordenação da iniciativa, conta que o espetáculo foi muito esperado por todos, que estavam ansiosos e nervosos pelo momento. “O melhor de tudo foi ver nossas crianças tão felizes e tocadas, chorando de emoção. Também recebemos muitos agradecimentos dos pais pelo trabalho desenvolvido. Esse reconhecimento faz tudo valer a pena”, comenta. A assistente fez, ainda, um agradecimento especial a todos os envolvidos e responsáveis pela concretização não só do espetáculo, mas de um sonho.
“As últimas semanas foram regadas a uma deliciosa e divertida ansiedade. O espetáculo foi uma noite de festa, alegria, realizações e muitas emoções. A cada turma que se apresentava e saía radiante do palco, meu coração se inflava mais. Os sorrisos e a satisfação de missão cumprida que o brilho dos olhinhos revelavam me encheram de orgulho. Sei que cada um dos alunos se dedicou muito para este dia e sei que eles deram o melhor para o público. Receberam a recompensa de todo esforço com muitos aplausos, elogios e agradecimentos”, destaca Renata Oliveira, professora de balé do núcleo.
A apresentação contou com a presença de pais, familiares e amigos, além de colaboradores e representantes de entidades parceiras e patrocinadoras. O evento teve entrada franca. Apesar do espetáculo de encerramento, as atividades do “Bom de Nota, Bom de Dança” no município seguem até o dia 15 de dezembro.
Sobre o projeto
Ao longo de dez meses, o projeto ofereceu aulas de balé e danças urbanas de forma gratuita para meninos e meninas de sete a 12 anos de idade, matriculados na rede municipal de ensino de Descalvado. Recebendo os alunos em contra turno escolar, o “Bom de Nota, Bom de Dança” atendeu cerca de 140 crianças.
A intenção do programa é levar a dança como uma forma de cultura para dentro das escolas, integrando o aprendizado em classe com as aulas no projeto. Os alunos também receberam de forma gratuita lanche após cada aula e uniforme.
Para as crianças, o projeto foi muito além. Dançando, elas afirmam que se libertaram da vergonha e da timidez. Os alunos também destacaram que a prática os disciplina e os faz descobrir novas possibilidades de movimento. E, além disso, ajuda na criação de laços fortes com outras pessoas pelas aulas em conjunto e pela convivência.
As atividades no município começaram em fevereiro deste ano e fazem parte do Plano Anual do projeto, que também atende outras crianças nas cidades de Batatais, Lins e Serrana.
Em Descalvado, as aulas ocorrem na EMEF Dirce Sartori Serpentino, localizada na rua Rio de Janeiro, 563, no Jardim Albertina.
As atividades do “Bom de Nota, Bom de Dança – Plano Anual” são realizadas com recursos de incentivo fiscal da Usina Batatais, Usina Lins, Usina Ipiranga e Usina da Pedra. O projeto, organizado desde o início de 2017, é um plano anual via Pronac (Programa Nacional de Apoio à Cultura), com o objetivo e missão de levar e fomentar a cultura nessas cidades, em parceria com a educação.