No Dia Internacional do Idoso, mais do que celebrar, é necessário refletir. Falar sobre envelhecimento em uma sociedade que valoriza a juventude e a produtividade acima de tudo é um desafio. Muitas vezes, a velhice é vista como sinônimo de perda, incapacidade ou peso social, e isso revela o quanto ainda precisamos avançar na construção de um olhar mais justo e humano.
O envelhecimento é um processo natural e, sobretudo, um direito. Mas ele só se torna digno quando garantimos acesso à saúde, ao cuidado, ao afeto, à participação social e à autonomia. O contrário disso é exclusão, isolamento e invisibilidade. Torna o viver nessa fase mais difícil do que ele realmente precisa ser.
É nesse ponto que o projeto Conectando Gerações nasceu: como um espaço de encontro, de aprendizado mútuo e de troca real entre pessoas idosas e as novas gerações. Ao ensinar o uso de tecnologias, o projeto vai além da prática: ele ressignifica o lugar da pessoa idosa na sociedade, devolvendo autonomia e fortalecendo sua voz. Cada celular desbloqueado, cada aplicativo aprendido, cada conversa compartilhada abre portas para novas formas de participação e pertencimento. É a possibilidade de novos aprendizados em uma fase onde muito ainda veem como o fim. É o início de novas amizades, novos trabalhos, novos desafios.
Foi ao enxergar que o cuidado com as pessoas idosas não pode ser delegado exclusivamente às famílias, mas é também responsabilidade da sociedade como um todo, que nos unimos a empresas que acreditam no potencial transformador de iniciativas sociais e que se engajam em projetos como este para demonstrar que é possível investir em um futuro coletivo mais justo, onde envelhecer seja sinônimo de viver com dignidade e não de perder direitos.
Neste 1º de outubro, deixamos esta reflexão: como cada um de nós, em nossos papéis pessoais e institucionais, pode contribuir para que o envelhecimento seja visto não como um fardo, mas como uma etapa potente, repleta de histórias, saberes e possibilidades?
O respeito à velhice não pode ser apenas uma data no calendário. Ele precisa se tornar prática cotidiana, compromisso social e horizonte de transformação, e isso depende de cada um e de todos nós.